domingo, 19 de fevereiro de 2012

Medicina eletrônica: a medicina do futuro? - Mayana Zatz

(Foto: iStockphoto)


Na semana passada escrevi sobre os remédios personalizados e como a farmacogenômica irá revolucionar a medicina. A minha dúvida agora é qual será o papel dos médicos na medicina do futuro. Aquele profissional que o examinava, conversava, conhecia você desde criança e sabia se tinha realmente algum problema ou só necessidade de ser tranquilizado quando estava preocupado com a sua saúde  está em extinção. Infelizmente. Você marca uma consulta, entra no consultório, muitas vezes após uma longa espera, descreve os sintomas e o médico imediatamente elabora uma lista de exames aos quais você tem que se submeter antes de se pensar em diagnóstico ou qualquer sugestão de tratamento – se é que você realmente precisa de um. Sempre me questionei porque temos que ir a um médico para que ele nos diga o que há de errado no nosso corpo. Com o desenvolvimento da tecnologia na área de genômica, farmacogenômica, imagem e robótica, pergunto-me quanto será necessário irmos ao médico no futuro.   Será a medicina P4? Participativa, personalisada, preditiva e preventiva?
Como imagino isso?
Você colocará dados pessoais para um site P4 de medicina eletrônica de sua preferencia no computador. Se sentir algo anormal, descreverá os sintomas e, maravilha, sem sair de casa. Só isso já o aliviará do enorme stress de enfrentar o trânsito, identificar-se na entrada do prédio, esperar na sala de consultas, ouvir conversas deprimentes ou chatas e assim por diante. Com as suas informações, o site P4 poderá sugerir simplesmente que você precisa de umas férias ou conversar com um bom analista – e é claro, já indicará um link com inúmeras opções – ou listar uma série de exames e onde poderão ser realizados. No caso de imagens, o próprio computador terá dispositivos capazes de fotografá-lo internamente nos mínimos detalhes. Será a ressonância magnética do futuro. Com esses dados, o programa biomédico P4 do futuro poderá novamente concluir que não há nada de errado no seu corpo ou estabelecer um provável diagnóstico. Qual será o próximo passo?
A farmacogenômica
Se  for constatada a necessidade de medicação, o próximo passo será – novamente a partir dos dados armazenados no site P4 – saber que  droga  deve ser tomada. É importante mencionar que seus dados pessoais devem incluir a análise do genoma, como discutido na coluna da semana passada. E então, baseando-se nos seus genes, o programa P4 avaliará qual é o remédio que você deve tomar e em que dose. É a farmacogenômica, a medicina personalizada e participativa.
A medicina preditiva
Com os preços do sequenciamento do genoma caindo vertiginosamente, logo qualquer um de nós poderá ter um perfil de todos os seus genes a um preço acessível. Hoje, nossa capacidade de previsão, isto é, qual é o risco real de virmos a desenvolver uma doença como Alzheimer, diabetes, hipertensão ou falência de algum órgão – entre outras – ainda é limitada. Mas quanto mais pessoas tiverem seus genomas sequenciados, maior será o nosso conhecimento e a precisão das estimativas. E com isso poderemos saber de antemão se temos um risco aumentado para doenças de início tardio e a opção ou não de tomarmos medidas preventivas. Novamente, é a medicina preditiva, preventiva e participativa.
Quando então a presença física do médico ou profissional será necessária?
Apesar do desenvolvimento da robótica , ainda não consigo imaginar como intervenções cirúrgicas poderão ser feitas em domicílio. Vamos precisar dos cirurgiões teleguiando os robôs.  E os partos?  Voltaremos ao passado, quando a maioria era feita em casa? E a psicanálise? Conversas pela internet poderão substituir a presença física?
O que você acha caro leitor?
Por Mayana Zatz

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


A MEDICINA DO FUTURO
 

As várias séries de Jornada nas Estrelas (Star Trek) mostraram a todos como poderá ser a medicina do futuro. Muitos dos equipamentos que já existem hoje, foram baseados na sala médica do Dr. McCoy, incluindo o tricorder médico, onde os primeiros protótipos surgiram nos estados unidos em 1999.


Foram apresentados a nós muitos procedimentos fantásticos, e até aquele momento inimagináveis aos nossos médicos. Como exemplo podemos citar a remoção dos implantes Borgs do capitão Jean-Luc Picard (The Best of Both Worlds – Part 2) feita pela Dra. Beverly Crusher.

Também durante a série fomos apresentados à excelentes médicos heróicos e austeros como o Dr. McCoy, que fazia o impossível para salvar seus pacientes sejam da Federação ou alienígenas inimigos, como a alienígena horta (criatura a base de silício) ou o Chanceler Klingon (Star Trek 6 - The Undiscovered Country).

O Dr. Bashir foi outro bom exemplo de abnegação e entrega ao Juramento (O Juramento de Hipocrates) quando se dedicava a salvar os inimigos Jem-Hadars da dependência genética no Ketracel White, ou quando salvou Odo e todos os Fundadores do Dominion da doença criada pela Seção 31 para destruí-los e terminar a Guerra contra o Dominion.

A série Voyager trouxe uma inovação tecnológica com a utilização de um doutor holográfico (HME - Holograma Médico de Emergência), que depois de substituir o médico morto, teve que ir além de sua programação e criar novos procedimentos médicos, salvar diversos tripulantes e entre eles a ex-Borg Seven of Nine, e virou um faz tudo na nave perdida no quadrante Delta, até a salvando em algumas ocasiões.

O Dr. Phlox da primeira nave estelar Enterprise, também se mostrou um excelente médico tratando e curando diferentes espécies, com procedimentos até certo ponto estranhos, como a utilização de sanguessugas, ventosas e outros animais alienígenas. Ele sempre tentava manter o moral da tripulação alto, principalmente durante a Guerra Xindi (um dos momentos mais difíceis para o Cap. Archer e sua tripulação).

Ao lado dos tremendos avanços científicos e tecnológicos alcançados durantes esses três milênios, no Futuro desenhado por Star Trek, a Medicina acompanhou todos esses avanços e melhorias de forma surpreendente. A expectativa de vida em 2360 é 40 por cento maior para os humanos do Planeta Terra, significando um pulo de 75 anos para 125 anos. Foram exterminadas doenças que antes eram uma ameaça para o ser humano e medicamentos usados com extrema eficácia, em menor quantidade.

Médicos terráqueos começaram a estudar exobiologia, tratando e curando outras raças alienígenas. A maior expectativa de vida aliada a uma visão maior do universo devido à exploração conduzida por naves da Frota Estelar, ajudou a moldar uma atitude na Terra com ênfase em não-interferência e igualdade em tratamento para qualquer forma de vida. O preconceito antigo contra o desconhecido foi eliminado a duras custas e  conquistado o respeito a diversidade de povos e raças em grande parte por iniciativa da Federação. A manutenção a ampliação das antigas tradições, tais como o Juramento de Hipocrates, pode ser estendido ao Corpo Médico da Frota Estelar contribuindo para a Federação aliviar sofrimentos e oferecer ajuda para mundos tomados pela violência e doenças.

Os procedimentos médicos no 24º século, e principalmente as cirurgias, avançaram para se tornarem menos traumáticos e invasíveis possíveis, utilizando Exo-Bisturis Esterilizados e Separadores Sônicos para fazer incisões sem depender somente das mãos dos cirurgiões. As Ondas Alfa e Delta e os Indutores Somáticos são utilizados como anestésicos padrões nos pacientes não produzindo os efeitos colaterais adversos. Várias cirurgias podem ser feitas evitando a abertura completa do corpo do paciente. Equipamentos médicos usam campos de força e aceleradores regenerativos para curar pequenas feridas rapidamente. Para casos que requerem grande precisão, podem ser injetados nano-cirurgiões que são Robôs Médicos de tamanho microscópicos na circulação sangüínea do paciente e podem ser controlados pelo médico através de um computador.

A seguir, este artigo apresenta as listas relativas as doenças, procedimentos médicos, remédios e substâncias e os equipamentos médicos deste Universo de Jornada nas Estrelas:





A MEDICINA DE HOJE

Diversas novidades da medicina atual baseada nos instrumentos médicos da Jornada das Estrelas, estão sendo desenvolvidos e prometem revolucionar o diagnóstico e tratamento das lesões internas nos humanos. Uma versão mais recente do famoso tricorder que o Dr. McCoy usava está sendo desenvolvida por engenheiros da Universidade de Washington (UW) em conjunto com os médicos do Harborview Medical Center.

O aparelho usa emissões de ultra-som de alta intensidade para localizar e reparar possíveis perfurações nos pulmões de pacientes. Atualmente, esse tipo de lesão interna, muito comum em vítimas de acidentes automobilísticos, não pode ser solucionado sem intervenção cirúrgica. O artigo publicado no site diz que os físicos ainda estão céticos sobre como o tricorder funcionará na prática, já que o pulmão é um conjunto de cavidades para a passagem do ar, e o ar bloqueia a transmissão do ultra-som. Mas experiências recentes mostram que a terapia de ultra-som conseguiu curar a superfície do pulmão, onde as lesões costumam ocorrer.

Outro tricorder desenvolvido anteriormente, já é capaz de medir pressão sangüínea, temperatura, nível de oxigênio e açúcar no sangue, além de fazer um eletrocardiograma completo, está sendo desenvolvido com o objetivo de atender, a baixo custo, pacientes de comunidades pobres ao redor do mundo.
 


Artigo Por:
Guilherme Radin e Alm. MDaniel Landman
Montagem e Arte Final:
Alm. MDaniel Landman - USS Venture NCC 71854
Fontes:
Memory Alpha

Starfleet Medical Journal

Daystrom Institute Thecnical Library

Site Oficial de Star Trek